quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Todoo Mundo Quer Ser Obama (2)

Não sou senão a expressão e o reflexo daquilo que me rodeia, me impregna, me constrói e me desconstrói continuamente, passo-a-passo. Reflexo da realidade presente. É desse ponto que parto para dizer do mundo o que o mundo quer dizer de si mesmo por intermédio de minhas indizíveis palavras.

Por isso, vendo a recente eleição do presidente americano Barack Obama e, ao mesmo tempo, olhando para as pessoas que me cercam, em todos os lugares, em todas as mídias, em todas as partes e em todos os espaços, percebi o quanto todo mundo quer ser Obama. Por quê? Certamente não penso que o mundo inteiro esteja errado. Não em querer ser Obama, afinal ele é, e nada depõe contra isso, alguém que venceu barreiras aparentemente intransponíveis. Mas aqui cabe a pergunta: intransponíveis para quem? Onde? E quando? Seriam mesmo intransponíveis?

Acredito que as perguntas respondem-se por si mesmas. Só pode ser considerada intransponível uma realidade da qual não se cogita. Uma realidade onde a possibilidade de realização ainda não foi discutida, sequer cogitada. Então qual o motivo, principalmente entre nós, brasileiros que somos, e sempre tão "complacentes, de estarmos tão eufóricos com a eleição do Sr. Obama?

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